Conheça a Causa
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Conheça a causa

O objetivo do Projeto Somos Maioria é disponibilizar currículos virtuais de grupos historicamente vulneráveis, mas que na realidade representam a maioria da população.

A proteção especial destinada a esses grupos torna-se imprescindível para que seus direitos encontrem instrumentos hábeis a torná-los eficazes, para que possam assim alcançar a universalidade dos direitos humanos e a igualdade de oportunidade como ponto de partida.

O objetivo do site é fazer com que mais pessoas escutem e tenham acesso às pessoas em situação de vulnerabilidade, assim como ser um instrumento de trabalho para que as empresas possam promover e estimular a diversidade. Garantir que diversos grupos sociais sejam representados no ambiente de trabalho é uma forma de atingir a dignidade humana e o valor social do trabalho.
Temos plena ciência que o trabalho decente não representa apenas o acesso à democratização de riquezas; é imprescindível para qualquer cidadão criar sua narrativa de vida, inclusão social, cultural e familiar.

É preciso estar ciente de que a defesa dos grupos historicamente vulneráveis significa preservar o direito humano de todos, para que a maioria democrática não se faça opressiva e possa legitimar-se pela incorporação de cada grupo humano, preservando a igualdade real.

Segundo dados de 2017 do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a cada dois segundos, uma pessoa é retirada de ou deixa o seu país, à força. Há mais de 2,9 milhões de refugiados em todo o mundo.

Também segundo a ACNUR, em 2015, havia mais refugiados pelo mundo do que em qualquer ano, desde a Segunda Guerra Mundial.

O Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas, publicado em janeiro de 2019 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), mostra um número recorde de casos de tráfico de pessoas identificados em 2016, mas também a maior taxa já registrada de condenação de traficantes. A grande maioria das vítimas detectadas de tráfico para exploração sexual e 35% das traficadas para trabalho forçado são do sexo feminino, e há diferenças regionais consideráveis no perfil sexual e etário de vítimas de tráfico detectadas.

A maior parte das vítimas detectadas globalmente é para exploração sexual, especialmente nas Américas, Europa, leste da Ásia e Pacífico. Na África Subsaariana e no Oriente Médio, tráfico para trabalho forçado é a forma mais registrada. Nas regiões centro e sul da Ásia, tráfico para trabalho forçado e exploração sexual são igualmente o foco.

Entre outras formas de tráfico de pessoas estão: meninas forçadas ao casamento, mais comum no sudeste da Ásia; crianças para adoção ilegal, mais comum em países da América Central e do Sul; criminalidade forçada, com relatos principalmente no oeste e sul da Europa; e remoção de órgãos, detectada principalmente no Norte da África e regiões centro e leste da Europa.O relatório mostra que conflitos armados podem aumentar a vulnerabilidade ao tráfico de diferentes maneiras, já que os grupos armados e outros criminosos podem usar a oportunidade para traficar vítimas – incluindo crianças – para exploração sexual, escravidão sexual, casamento forçado, combate armado e várias formas de trabalho forçado.

De acordo com o CTDC, nas Américas, mais de dois terços das vítimas do tráfico são exploradas sexualmente. Mais de 80% das vítimas são mulheres, e quase um terço são crianças.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU, 80% dos deslocamentos no tráfico de pessoas passam por controles oficiais de fronteira, tais como aeroportos.

Viagem em Grupos

Cerca de um terço das vítimas que cruzam os pontos oficiais de controle de fronteira não se dão conta de que estão sendo exploradas durante a viagem, nem que estão sendo submetidas ao tráfico. (Fonte: CTDC)

Setores

A maioria das pessoas é traficada para o trabalho doméstico, na construção civil, na agricultura, na fabricação e no mercado hoteleiro. (Fonte: CTDC)

Relação com o Gato (Intermediário)

As vítimas traficadas para exploração sexual costumam ser recrutadas pelos próprios parceiros, ou até mesmo por amigos e familiares – este tipo de situação é mais comum do que nos casos de exploração para trabalho forçado. 

LGBTQIA+

De acordo com o levantamento da ONG Transgender Europe, o Brasil lidera os rankings de violência contra pessoas trans.

UNODC

Segundo a Transgender Europe, 16 países na Europa e na América Central ainda exigem a esterilização de pessoas trans que buscam o reconhecimento de sua transição de gênero por meios legais. (https://tgeu.org/trans-rights-europe-central-asia-map-index-2019/)

DADOS DO CTDC:

https://www.ctdatacollaborative.org

IDADE DAS VÍTIMAS
Aproximadamente um quinto de todas as vítimas são crianças (meninas: 56%; meninos: 44%).

Meios de Controle:

Adultos e Crianças

Em geral, as crianças estão mais sujeitas ao controle por abuso físico ou por substância psicoativas. 

Exploração sexual e do trabalho

As vítimas do tráfico para exploração sexual são submetidas principalmente a estratégias de controle psicológico. 

Leituras informativas:

Revitalizando o imperialismo: campanhas contemporâneas contra o tráfico sexual e escravidão moderna, de Kamala Kempadoo (Professora no Departamento de Ciências Sociais da Universidade de York, Toronto, Canadá. Resumo: No Canadá atual, as questões envolvendo o tráfico humano estão em alta na agenda pública. Uma variedade de atividades é incluída dentro dessa rubrica, incluindo a prostituição doméstica, na qual cruzar fronteiras nacionais ou internas não é um pré-requisito para como o Estado define o tráfico. O Canadá não está sozinho em sua definição expansiva de tráfico humano. Globalmente, trabalho sexual/prostituição, “tráfico sexual”, trabalho infantil, trabalho migrante infantil, e “escravidão moderna” são parte integral dos discursos hegemônicos sobre “os horrores” do tráfico humano. Neste artigo analiso três campanhas proeminentes que sustentam esse discurso e discuto algumas das ações que essas campanhas promoveram. Argumento que um exame mais detalhado deixa visível uma versão do século XXI do “fardo do homem branco” apoiado por interesses ocidentais, corporativos e neoliberais contemporâneos, através dos quais, a exploração e o abuso sem restrições da vida e da força dos/as trabalhadores/as continuam ocorrendo. Argumento que, ao invés de ir “ao fundo da questão”, os discursos dominantes sobre tráfico humano tendem a ofuscar problemas estruturais e a revitalizar o imperialismo de novas maneiras.

O potencial dos refugiados e imigrantes no mercado de trabalho global (texto em inglês)

Artigo do jornal inglês The Guardian sobre o tráfico de pessoas (em inglês)

Council on Foreign Relations – O Council on Foreign Relations (CFR) é uma organização independente dedicada à produção e publicação de conteúdo sobre a escolha de políticas públicas mundialmente. Fundada em 1921, o objetivo da organização é fomentar o entendimento de temáticas relevantes e com especificidades locais, principalmente nos EUA.

CTDA – O Counter-Trafficking Data Collaborative é o primeiro hub global de dados coletados por organizações de combate ao tráfico em todo mundo. Lançado em novembro de 2017, o objetivo do CTDC é acabar com as barreiras ao compartilhamento de dados e oferecer meios para que todos possam ter acesso a informações atualizadas e confiáveis sobre o tráfico de pessoas. Os dados do CTDC já foram acessados por usuários em mais de 150 países e territórios.

Artigo – Tráfico de Pessoas: Como é Feito no Brasil e no Mundo?, de Julia Ignacio

Exemplos de empresas sociais que estão promovendo a empregabilidade de refugiados, em todo o mundo:

Miller Center for Social Entrepreneurship – Aceleradora de empresas sociais

Re:Coded – Ensina programação e emprega jovens na indústria de tecnologia – inclusive aqueles que ainda estão em campos de refugiados, com operações na Turquia e no Iraque. 

WorkAround – iniciativa que terceiriza e distribui serviços de tradução, transcrição, busca e inserção de dados, entre outros, para que os refugiados possam trabalhar para empresas em todo o mundo.

Talent Beyond Boundaries – única organização internacional que faz a ponte entre refugiados e oportunidades de emprego em todo o mundo.

Refugee Company – empresa social que oferece treinamento e recolocação profissional para refugiados. 

Sites de referência e educação sobre diversidade sexual:

Transgender Europe – Plataforma cuja missão é garantir os direitos trans e a justiça social, aumentar a conscientização sobre as questões que as pessoas trans enfrentam, juntamente com os demais movimentos, tendo a interseccionalidade como a matriz de suas ações. A organização foi estabelecida em 2005, com sede em Berlin, na Alemanha, e tem entre seus parceiros 112 organizações, em 44 países.

Ssexbbox projeto de justiça social que busca oferecer perspectivas plurais sobre sexualidade e gênero a partir do relato das experiências de pensadorxs, educadorxs, ativistas, artistas e outras pessoas que vivem, aprendem e amam ‘fora da caix(inh)a’.

Diversity BBox Jobs – Parte a iniciativa Ssexbbox, trata-se da consultoria especializada em diversidade e recursos humanos, com o propósito de alinhar atração, retenção e desenvolvimento da comunidade LGBTQIA+, negras (es, os) e pessoas com deficiência, tanto por parte do público, construindo um banco de talentos, para que as empresas também tenham acesso a estes talentos.

Sites de referência e educação sobre direitos humanos e o combate ao tráfico de pessoas:

Repórter Brasil – ONG cuja missão é identificar e tornar públicas situações que ferem direitos trabalhistas e causam danos socioambientais no Brasil visando à mobilização de lideranças sociais, políticas e econômicas para a construção de uma sociedade de respeito aos direitos humanos, mais justa, igualitária e democrática. 

Cartilhas do MPT – Cartilhas publicadas e disponíveis em PDF, do Ministério Público do Trabalho (MPT), sobre diversidade, inclusão e combate ao tráfico de pessoas.

Oxfam Brasil – A Oxfam Brasil faz parte de uma confederação global que tem como objetivo combater a pobreza, as desigualdades e as injustiças em todo o mundo. Desde 2014, somos membros da Confederação Oxfam, que conta com 19 organizações atuando em 93 países. Tem como princípio trabalhar com organizações parceiras, em redes e plataformas conjuntas, em projetos e ações que promovam mudanças significativas.  

Pesquisa Oxfam Brasil & Datafolha sobre a percepção das desigualdades sociais no Brasil (abril de 2019) – O objetivo da pesquisa é servir para embasar discussões sobre a importância do papel do Estado no enfrentamento das desigualdades, bem como contribuir para, a partir da percepção da sociedade, aprofundar o diálogo sobre a urgência em se construir um Brasil mais justo, solidário e humano.

COMO DENUNCIAR:

Ligue 100: denúncia de crimes contra os direitos humanos

Ligue 180: canal de denúncia de crimes contra a mulher

Através do site do Ministério Público do Trabalho (MPT): https://mpt.mp.br 

Orientações do CNJ (http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/assuntos-fundiarios-trabalho-escravo-e-trafico-de-pessoas/trafico-de-pessoas): 

A prevenção é sempre a melhor iniciativa. Portanto, ao verificar que existem indícios de tráfico humano, dê as seguintes orientações:

1) Duvide sempre de propostas de emprego fácil e lucrativo.

2) Sugira que a pessoa, antes de aceitar a proposta de emprego, leia atentamente o contrato de trabalho, busque informações sobre a empresa contratante, procure auxílio da área jurídica especializada. A atenção é redobrada em caso de propostas que incluam deslocamentos, viagens nacionais e internacionais.

3) Evite tirar cópias dos documentos pessoais e deixá-las em mãos de parentes ou amigos.

4) Deixe endereço, telefone e/ou localização da cidade para onde está viajando.

5) Informe para a pessoa que está seguindo viagem endereços e contatos de consulados, ONGs e autoridades da região.

6) Oriente para que a pessoa que vai viajar nunca deixe de se comunicar com familiares e amigos.

Em caso de Tráfico de Pessoas, denuncie! 

Plataforma Somos Maioria